11/05/2008

=MISCELÂNIA I e II=


No principio era o verbo,
as amenidades com coca-cola
E tudo era muito bom.
Aí elas disseram:
-"faça-se a noite"!
E apagaram a luz
Os sentidos acordaram
e o juízo dormiu.
Cavalgava, sim!
Égua baia, marchadora...
Quarto-de milha,não!
Pois que não havia trote.
Era galope
Solavanco que bicho de raça não possui.
SRD (sem-raça-definida)
Vira-lata,sim, pangaré jamais!
Nenhum pedigree.
O desejo flui melhor às margens.
O desejo flui melhor entre iguais
longe de controles.
Não havendo o que domar,
há sempre o que buscar
Não sei que face tinha o cavaleiro
diante da empinada
Mas trazia o coração perplexo
A cabeça em total desalinho
A alma atarantada,
levitada,
extasiada
Fazia do coração, sexo.
Buscava sem rota e sem caminho.

Quem lhe guiou foi o querer,
não o desejo...
Cavalgar potranca desconhecida
Mera consequencia de um beijo
De olhos fechados e mãos à deriva
Nua em pelo,
Fecha os olhos pra ver melhor o deconhecido
Boca ofegante, gemido, cabelo

I

Faltou explorar mais
O querer tinha a pressa
de um desejo que não espera.
Ancas, bunda, olhos
Coxas, mãos, abraços
Gata vadia,
mia ronrona cheia de charme
Cachorra, uiva sacode
Cadela vadia se abre
Vaca vagaba se dá.
Eu, atônita recebo,
pego e quero mais!

De onde saiu essa mulher bicho?
Cheia de cio e maneiras sem armadilha
Se oferece e diz vem!
Se dá e diz toma!
Sorri e diz pega!
E, de onde saiu esse encanto
que não se dissipou com a luz do sol?
Que não se retraiu à luz dos problemas
E que aumenta na presença da saudade?

julho, 2006

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