13/05/2008

=UNO=




















Ah, o meu amor...

O meu amor é de melação,
de grude, de mão na mão.
O meu amor é de achar linda,

De encontrar predicados,
predicativos, adjetivos.
O meu amor é de priorizar,
Colar,
Deitar a falar,
Deitar e falar,
Amar falando.
De lembrar a toda hora
como amo, o quanto sou amada.

O meu amor é para princesas,
Jamais amei plebéia
Jamais amei a feia
Elas deixam de existir quando amadas
Porque o meu amor é de revigorar,
Restaurar,
Aumentar,
Incentivar

Quando amo,
estou na arquibancada
Gritando e torcendo,
suando e amando
Não faço por ela,
mas sei tudo o que pode fazer
E torço como fanático!
Loucamente,
como se fosse botafoguense
Eles, sim, sabem torcer...
Torcer por amar, por amor...
Viver
O resultado é só uma consequencia
ilógica de um acaso dominante.

O meu amor é de estar junto
Não precisa casar
Mas estar junto,
estar perto,
ser íntimo.

O meu amor não tem etiqueta
Quebra as regras,
amassa a receita
Mas não é um amor mal-educado...
Não é possesivo,
Não é voraz
Nem faminto

O meu amor
Tem fome de idéias e companhia,
Na mesma proporção do sexo e prazer

O meu amor é tarado,
Quer entrar em cada cantinho do ser amado...
Entrar, fazer parte, invadir e só.

Meu amor não se divide
Não se reparte
Fiel como novo cristão
Só se doa pra um.
Tem prazer em dar,
Só se completa doando
E dando-se, completa-se
E dando-se, aprende,
Assimila mais e mais
a arte de mais e mais amar
=Glória, 15-11-2004=

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