11/06/2008

SANIDADE

Algumas vezes teme-se a proximidade de uma ausência
Algumas vezes teme-se a distância de uma presença
Quem é o verdadeiro covarde?
Aquele que se apraz em sentir a própria alma arder?
Aquele que diz não saber?
Aquele que apenas sabe sem dizer,
pois que assim tinha que ser?

Algumas coisas são como são.
Elas sempre deveriam ter sido,
Se humanamente não se desvirtuassem
Em medos, sonhos, silêncios, traições
Regras próprias de um estatuto,
prazeres, olhos, bocas, satisfações
Tudo implicitamente descrito, não escrito
pelo lido, mas pelo sentido....

Aos tímidos a distância muitas vezes apraz
Aos tímidos a presença muitas vezes inibe e constrange
Aos tímidos quase nada,nem mesmo um pouco de paz
Alguns assim são:
Um lapso de tempo
Entre a chegada do corpo
e a triunfal entrada da alma
Nos lugares e mentes,
Nos sorrisos e corações

Alguns são assim: Loucos!
Loucos permanecerão até que internados sejam
Loucos continuarão ainda que internados e distantes.
Mesmo sãos, eternamente serão loucos,
Que não se contentaram em viver
uma única vida, numa vida só

Fim deste ato

Nenhum comentário: